sábado, 8 de agosto de 2009

outras correntezas




Explique-me o turbilhão de sentimentos , de sensações e pensamentos que agora habitam os meus dias. Sinto como se essa instabilidade tornasse cada instante apenas mais uma prova da forma com a qual me vejo perplexa diante do que se passa - daquilo que vejo passar por mim sem que haja a menos exitação.
Qualquer atitude, gesto ou palavra emerge do vácuo em que se encontram cada um dos meus pensamentos - estes se perderam dentro de mim e eu não sei posso ou se quero encontrá-los.
Nada fora até então pensado, nenhum sorriso fora premeditado, unicamente porque ainda não pude seguir assim. Eu não pude aprender a arte de usar as palavras afim de domar e atrair o que desejo. E se o tentei, te digo que me atropelaram - não soube decifrar o que sentia do que dizia, não pude falar-te o que senti (não senti muito do que te falei).
Tenho seguido meus passos , sim é isso, sigo meus passos e busco entendê-los quando já foram dados e dessa forma os vejo.
Não me cobre rapidez ou me diga que tenho andado depressa.
Eu não quero pensar nisso.
A correnteza leva consigo o barquinho de papel, guiada pelo vento, somente ela o dirá em que praia sua viagem terá um fim - a hora e o momento de parar.
Nem eu nem você.
Natasha

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